Cidades

Contra interdição da Agefis, funcionários do Tatico fecham Hélio Prates

Segundo a Agefis, o supermercado ocupa, irregularmente, 3.316 metros de área pública e as multas chegam a R$ 100 mil

postado em 22/04/2014 11:58

Em protesto contra ação da Agefis, funcionários do supermercado Tatico fecharam Hélio Prates

A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) interditou mais uma vez o supermercado Tatico, em Ceilândia Centro, na manhã desta terça-feira (22/4). Segundo a agência, o estabelecimento ocupa, irregularmente, 3.316 metros de área pública e as multas chegam a R$ 100 mil. Em protesto contra ação de interdição, os cerca de 800 funcionários do estabelecimento fazem uma fogueira em cada lado da Avenida Hélio Prates, bloqueando a via.

Bombeiros tentam conter fogo em protesto na Hélio Prates

Eles também queimaram uma Kombi do supermercado. O Corpo de Bombeiros chegou ao local e tenta conter as chamas. Segundo o líder dos manifestantes e supervisor do supermercado, José cavalcante, 56 anos, os funcionários decidiram protestar porque a Agefis havia feito um acordo com o supermercado, no qual a empresa teria 130 dias para resolver a situação. Contudo, hoje os fiscais fecharam o estabelecimento e apreenderam as caixas registradoras.

Por volta de 13h15, um grupo de manifestantes tentou entrar no supermercado pelos fundos do estabelecimento, mas a polícia coibiu a entrada com o uso de sprays de pimenta. Um outro grupo, que não estava identificado com uniformes do supermercado, atirou pedras contra os policiais. Um dos fotógrafos do Correio, que registrava o momento, acabou atingido por uma pedra na testa, mas não se feriu.

Funcionários da Agefis saíram do supermercado escoltados pela Polícia Militar após pedido de dos líderes da manifestação. Segundo ele, o grupo só desocuparia a Hélio Prates, caso a ação dos fiscalizadores fosse contida. Mesmo após a retirada dos fiscais, a via continua fechada por manifestantes.


Agentes da Agefis apreendem máquinas registradoras do supermercado Tatico, em Ceilândia

Os funcionários temem ficar sem emprego, por isso cobram uma posição do Governo do Distito Federal em relação a situação. Após ameaçarem marcharem até o Plano Piloto se não tivessem uma reposta do GDF, os manifestantes receberam uma ligação do governo marcando uma reunião com eles na tarde de hoje. O grupo informou que só acabará com o protesto depois que a Agefis abandonar o local.

Caminhões são colocados em frente a supermercado para impedir ação de interdição

Além da manifestação, alguns caminhões da empresa foram colocados em frente ao mercado para dificultar a interdição. A Agefis pretende derrubar derrubar ainda hoje os mais de mil metros quadrados de "puxadinhos", construídos pela empresa.O Correio tentou entrar em contato com o supermercado Tatico, mas não obteve retorno até a publciação da matéria.

Com informações de Thiago Soares.

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