O cutting é tema de reportagem no Correio, desde domingo, com grande repercussão nas redes sociais. A divulgação de que grupos de estudantes de, pelo menos, duas escolas da região norte do DF praticam a automutilação gerou reações de espanto. Alguns leitores consideram um modismo. Outros alertam para a gravidade da doença. Houve quem relatasse enfrentar a situação dentro de casa e até quem oferecesse ajuda para enfrentar o problema.
Os relatos que praticantes de cutting fizeram ao Correio revelam que o distúrbio pode ter diferentes causas: depressão, dificuldade de relacionamento com a família, término de namoro, bullying e dificuldade de se aceitar. No caso da estudante de biomedicina Águida Maiara, 23, o bullying desencadeou a autoflagelação e ela acabou descobrindo que era depressiva e sofria de síndrome do pânico. Ela conta que o problema teve início na faculdade. ;O professor dizia para a turma que não dava aula para burros, e eu tomava as dores para mim. No auge, cogitei seriamente me matar. Se não fosse pelo apoio dos meus pais, não estaria mais aqui;, afirma. Ao relembrar a história, ela quase não contém as lágrimas.
Ao saber dos registros em escolas públicas do DF, o secretário de Educação anunciou que, em parceria com a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), vai fazer uma pesquisa para descobrir se o problema ocorre em outras instituições do DF. Mesmo não fazendo parte do rol de atendimentos da pasta, a subsecretária de Proteção às Vítimas de Violência (Pró-vítima), Valéria de Velasco, já realizou uma reunião na primeira escola que detectou o problema e elabora uma oficina específica para os estudantes praticantes de cutting. ;É só o começo. Precisamos tirar esses jovens dessa situação. Alguma coisa está fora do lugar com eles;, defende Valéria.
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