O consultor de tecnologia da informação Afonso Melo, 57 anos, tem o costume de levar a mulher, a dona de casa Sílvia de Melo, 47 anos, a filha, a enfermeira Thalita de Melo, 23, e as duas Yorkshires da família, Gibi, 6 anos, e Cindy, 10, para passear no Parque da Cidade. Pelo porte pequeno e o temperamento das cadelas, eles não veem problema em deixá-las soltas pelo espaço em que estendem toalhas e jogam cartas. ;Elas são muito calmas e obedientes. Não se afastam nem dão bola para as pessoas que passam;, conta Afonso.
Ele explica que as pessoas levam os animais aos parques com o intuito de se divertir e que, quando existem cães mais agressivos, os donos tendem a usar coleira e focinheira, pois ;têm certa consciência;. ;O mais importante é que as pessoas conheçam seus cães e os eduquem. A responsabilidade é do dono. Assim como existem cachorros que sujam o parque e avançam, têm pessoas mal-educadas que não sabem se comportar, jogam lixo no chão e desrespeitam os outros;, opina Afonso.
Sílvia concorda com o marido e defende o bom senso da população e o respeito ao próximo. ;Quando o dono sabe que o cachorro pode ser agressivo, deve tomar certos cuidados, mas isso não é motivo para impor focinheira a todos (os animais);, ressalta. Pelas regras aprovadas na Câmara Legislativa na última semana, os animais poderão frequentar parques, desde que sejam colocados em espaços específicos, com coleiras e focinheiras (leia Entenda o caso).
As regras são polêmicas e provocaram manifestações nas redes sociais. No próximo dia 26, a ideia é fazer uma ;cãominhada; no Parque da Cidade. Até ontem, 1,4 mil pessoas tinham confirmado presença na página criada na internet. O evento é organizado pela própria sociedade civil. Além disso, há uma petição on-line contra o projeto, que recebeu 2.015 assinaturas ; a meta é 3 mil.
Você é a favor ou contra o projeto de lei que quer restringir a entrada de cachorros em parques públicos? Participe da nossa enquete!A matéria completa está disponível para assinantes. Para assinar, clique