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Argamassa feita em Planaltina de Goiás vai abastecer o Distrito Federal

Potencial do mercado brasiliense faz grupo Saint-Gobain construir unidade no Entorno



Perguntas para Pierre-André de Chandelar, presidente mundial do Grupo Saint-Gobain

Sem contar a construção civil, o Grupo Saint Gobain vai bem no Brasil?
Houve desaceleração em vários setores, como a indústria automotiva, para a qual fornecemos vidros. O Brasil perdeu competitividade. Portanto, temos de investir em produtividade. O custo da mão de obra aqui ficou caro. A saída é a automatização, como na Europa. Nos últimos três anos, aceleramos muito esse processo, mas estamos atrasados.

Por que não investiram antes?
Há cinco anos, esse problema era menor. Para investir, é preciso retorno. O nível de automatização das fábricas aqui terá de ser o mesmo da Europa.

A situação tende a melhorar?
O Brasil não será mais um país onde se vai produzir, para exportar, produtos que exigem muita mão de obra. Isso acabou. Para produtos de maior valor agregado, o país poderá se tornar competitivo. Só que há muito trabalho a fazer. Não temos, hoje, grandes investimentos aqui para vender a outros países. Mas o mercado brasileiro é formidável. O aumento do custo da mão de obra também é positivo. Significa que o poder aquisitivo está crescendo.

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