A recepcionista Maria de Fátima do Nascimento Santana esperou dois anos para ver condenado um dos responsáveis pela morte do neto de 12 anos. Em 26 de fevereiro de 2012, o garoto Ítalo Matheus Silva Santana levou um tiro durante uma discussão de trânsito na QR 304 de Santa Maria. Sentenciado a 16 anos de prisão por homicídio e corrupção de menor, Aldo Francisco da Costa Júnior dirigia o carro onde estava o adolescente que fez o disparo. O caso de Ítalo faz parte da lista dos 59 processos de crimes contra a vida julgados pelo tribunais do júri do Distrito Federal durante a Semana Nacional do Júri, realizada entre 17 e 21 de março deste ano.
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O objetivo da campanha é mostrar a importância de uma investigação ágil e transparente para uma rápida resolução do caso. Mas a tentativa da Justiça de agilizar esse processo esbarra em um cenário preocupante no DF e em todo o país: o número de crimes contra a vida. ;Nosso objetivo é chamar a atenção para a quantidade de homicídios que ocorrem no Brasil e por motivos banais. Isso não pode virar uma cultural nacional;, avaliou o juiz auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luiz Carlos Rezende.
Dos 59 casos julgados durante a Semana Nacional, 37 resultaram na condenação dos acusados. Em 11, os réus foram absolvidos e no restante houve adiamento do júri ou desclassificação do crime. Inicialmente, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) indicou 68 processos para serem analisados nos cinco dias. ;Ao todo, 86% foram julgados no DF. É uma média muito boa devido à complexidade do júri;, comentou Rezende. A média de casos de tentativa ou de homicídio julgados nos tribunais do Júri no DF na Semana Nacional ficou em quase 12 por dia. Fora do mutirão, no dia em que houve mais julgamentos, oito processos foram analisados.
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