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Suspeito de abusar de duas filhas por três anos é preso no Paranoá

Meninas tinham 10 e 11 anos quando iniciaram os abusos. Mãe não acredita nas filhas e defende o pai

Um homem de 35 anos suspeito de abusar sexualmente de duas filhas foi preso nessa terça-feira (8/4), na zona rural do Paranoá. As meninas, hoje com 13 e 14 anos, eram abusadas há três anos.

De acordo com Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) o pai acariciava as meninas e as obrigavam a cometer atos sexuais com ele. A ação nunca ocorria com as duas crianças ao mesmo tempo. Segundo o delegado Marcelo Vago, o pai pedia para a mãe ir à cidade com uma das filhas para fazer compras ou pagar contas e nesse momento elle aproveitava para abusar de uma das meninas.

O delegado também revelou que a mãe das meninas não acredita nas filhas e pensa que elas estão mentindo. No entanto, os depoimentos das crianças, de psicólogas, da tia e de uma professora das crianças, porém, serviram como fortes indícios para que a prisão fosse efetuada. O pai será indicado por estupro de vulnerável. A pena para este caso é de 8 a 16 anos de prisão.


"O pai está em prisão preventiva e ficará preso até que saia o mandato definitivo. Ele é uma ameaça para as crianças e testemunhas", disse Marcelo.

Segundo o delegado, a DFPCA encontrou uma testemunha chave para o crime, que estaria sendo ameaçada pelo pai.

Descoberta do crime

Por conta de amaças feitos pelo homem, as meninas mantinham os abusos em segredo. Ele dizia que se as crianças contassem o que era feito, ele mataria a mãe e as deixaria na rua. Ele também ameaçava bater na mãe e nas meninas.

A criança mais velha, de 14 anos, mantinha tudo em segredo até arrumar um namorado. O pai dela, com ciúmes da relação, agrediu a menina e o garoto. A adolescente, então, resolveu sair de casa para morar com a tia, no Plano Piloto.

Um mês depois, a segunda menina também foi morar com a mesma tia. Lá, relataram tudo o que acontecia para a tia e para uma professora. As duas mulheres, então, procuraram o conselho tutelar para fazer a denúncia.

As meninas foram submetidas a exames médicos e contam com ajuda de psicólogo. A guarda das crianças está com a tia.

Além das duas crianças que eram abusadas, os pais tinham uma terceira filha, de seis anos, e que aparentemente não sofria dos abusos. Há alguns anos atrás, a mãe tinha feito uma denúncia na delegacia por violência doméstica, mas retirou a queixa dias depois. O pai das meninas teria problemas com bebida.

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