desta terça-feira (8/4).
Após quase 15 horas de julgamento, onde defesa e acusação realizaram embates com base em testemunhos e indícios, o júri não precisou de muito tempo para decidir o veredicto. Após se reunirem em uma sala reservado por 20 minutos, os jurados entregaram a decisão, que foi lida no plenário do Tribunal do Júri de Samambaia.
Após a decisão, a mãe do jovem assassinado Sirlene Ribeiro da Rocha, de 43 anos, disse achar o resultado justo. ;Não estamos contentes, porque não é bom passar por uma situação dessas, mas estou aliviada;, confessou.
Antes mesmo de deixar o local, o advogado de defesa Gilson Viana anunciou que irá recorrer da sentença. "Estou fazendo esse júri, não por dinheiro, mas por convicção. Acredito que ele seja inocente", falou. Ao ouvir a sentença, Carlos Xavier abaixou a cabeça e fez sinal de negativo. Chorando muito, as filhas, que acompanharam todo o julgamento, abraçaram o ex-distrital. "Você sabe que eu nunca iria fazer uma coisa dessa", disse Xavier.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público e aceita pela Justiça trouxe detalhes que ligaram o ex-deputado à morte do garoto. De acordo com a peça, o casamento de 14 anos de Xavier e Maria Lúcia era marcado por rotineiros e ;múltiplos relacionamentos;. Para atrair a companhia de jovens, entre eles Ewerton, a mulher costumava oferecer dinheiro e presentes caros, como celulares, roupas e tênis, dizia a denúncia.
Três participantes no assassinato de Ewerton foram condenados em 2007 por participação no crime. O capoeirista Eduardo Gomes da Silva, conhecido como Risadinha, pegou 19 anos e três meses de prisão por homicídio duplamente qualificado e a um ano e meio por corrupção de menor. Segundo a denúncia, cumprindo ordens de Carlos Xavier, ele planejou a morte do adolescente. Os executores do crime, também condenados, seriam um adolescente e Leandro Dias Duarte, que levou Ewerton ao local da execução.