Sumida há 24 dias, Márcia Regina Lopes, 56 anos, sabia que estava correndo riscos. A professora disse a uma amiga, uma semana antes de desaparecer, que, se algo acontecesse com ela, a colega deveria acionar a polícia. Os responsáveis pelo caso não dão entrevistas, mas eles apresentaram provas à família da vítima. Além da revelação da amiga, os parentes souberam de outro depoimento essencial à investigação. Uma testemunha afirmou a agentes da Divisão de Repressão a Sequestros (DRS) ter sido procurado para colocar fogo no carro de Márcia. E apontou Luiz Carlos Coelho Penna, 41 anos, namorado dela, como o autor da proposta. Mas o homem negou ter aceitado o serviço, que seria pago em dinheiro. O veículo, um Ford, foi encontrado em Sobradinho, intacto, 13 dias após o sumiço.
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A polícia trabalha com a hipótese de Luiz ter contado com ajuda de ao menos outra pessoa no crime. A docente começou um relacionamento com o agente de vendas há cinco anos. Segundo Túlio de Farias Lopes, 26 anos, sobrinho da vítima, o homem não era bem-visto pela família por causa do passado dele. Em 2012, a professora trabalhou por um período em Cavalcante (GO). Nesse período, o namorado afirmou ter câncer para tirar dinheiro dela. ;Quando voltou de lá, descobriu que era tudo mentira;, relatou.
[SAIBAMAIS] Pai de duas meninas, Penna cursou três períodos de direito em uma universidade da Asa Sul, mas em 2008 largou o curso. Até a semana passada, trabalhava em uma locadora de carros. Na rua onde morou com os pais e duas ex-mulheres, no Guará 2, um amigo de infância, que preferiu não se identificar, contou que conhece o suspeito há mais de 20 anos. ;Ele sempre foi um homem tranquilo, nunca teve briga com ninguém, exceto com as mulheres.; Um sobrinho de Penna, que também pediu anonimato, contou que a família está muito abalada. ;Meu tio é um cara muito tranquilo. Recebi a notícia por familiares e fiquei espantado.;
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