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Celiândia 43 anos: quem apostou na cidade, hoje não pensa em abandoná-la

Empresários investiram e tornaram a região independente do Plano Piloto. Aqueles que apostaram num futuro promissor hoje colhem o sucesso e não pensam em deixar o lugar. Geram empregos, renda e sonhos

postado em 27/03/2014 06:01
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Dos barracos de madeirite aos arranha céus; da primeira década sem água encanada e eletricidade precária às vias largas e asfaltadas. As dificuldades por que passaram os moradores de Ceilândia nos anos 1970 e a solidariedade que tinham um com outro foram alguns dos motivos que levaram as pessoas a constituírem uma forte identidade com o lugar. E foi a força dessa gente orgulhosa da cidade, ceilandense de nascimento ou coração, que ajudou a região a deixar de ser apenas abrigo àqueles que servem os ricos do centro e passasse a ter uma economia pujante, independente da área central.


Vocacionada para os negócios, a Ceilândia, que um dia bebeu água da bica, hoje tem três setores industriais, é responsável por um quarto do dinheiro que circula no DF e abriga 70% das empresas atacadistas do distrito. O solo é tão fértil para os empreendedores que a região tem atraído investidores para além do quadradinho. ;As redes de fast-food, por exemplo, desembarcaram aqui, em peso, recentemente;, diz o presidente da Associação Comecial de Ceilândia, Clemilton Saraiva. Ele acredita que os anos 2000 foram fundamentais para dar uma guinada na economia da cidade. ;Até os anos 1990, a nossa força vinha do setor de construções. Hoje, temos uma indústria diversificada, que se especializou e presta serviço para o país todo;, exalta.

Vendíamos com o pé atolado na lama. Não existia a estrutura que tem hoje (...) Somente Deus me tira daqui. Sou ceilandense de coração%u201D, diz o empresário Francisco Nogueira

A empresária Carla Gomes é um exemplo da Ceilândia que se especializou e deu certo. Ela mudou-se para a cidade quando criança, em 1979, com os pais, e lembra da infância sofrida, mas muito alegre. ;Passava o dia brincando. Tinham muitas crianças na rua;, recorda. Na época, nem ela apostava todas as fichas no sucesso de onde morava. Aquela vila de anos passados era muito diferente do que se vê hoje, afirma. ;Eu falava para minha mãe que tinha dúvidas se a região daria certo. Ela sempre respondia: ;Você vai ver no que isso vai virar, filha. Vai ter de tudo;. A previsão estava correta. Não precisamos mais nos deslocar para encontrar o que queremos;, diz.

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