postado em 25/03/2014 17:00
Foi preso na manhã desta terça-feira (25/3) Januário Silva dos Santos, 53 anos, condutor e proprietário da canoa motorizada que naufragou no Rio Corumbá (Luziânia) em fevereiro. Santos é suspeito de negligência, por permitir que dez passageiros fossem a bordo do veículo, com capacidade máxima para quatro pessoas. No acidente sete pessoas morreram ; quatro crianças, uma adolescente e dois homens.
Segundo a 5; Delegacia Regional de Polícia (DRP), o mandado de prisão foi expedido após um mês de investigação, período em que as provas do caso foram colhidas. Santos foi preso em casa, em Santa Maria e, segundo o delegado da DRP Fernando Gili, o suspeito não resistiu, mas manteve a versão do depoimento anterior.
No início das investigações, Santos, que é amigo da família, informou em depoimento que um dos adultos estava embriagado e teria brincado com a adolescente Sara da Silva, 16 anos, e jogado água nela. A menina, irritada "por estar de chapinha", teria ficado em pé na canoa, que, desequilibrou e virou.
[SAIBAMAIS]Santos conhecia o básico sobre os comandos da embarcação, mas não possuía curso de Arrais para pilotar o veículo. Ele pode ser condenado por homicídio doloso - quando há intenção de matar -, com pena de até 30 anos.
Também em depoimento, uma das sobreviventes da tragédia, Joseane da Silva, 24 anos, desmentiu a versão de Santos. Segundo ela, o acidente ocorreu quando o proprietário do barco fez uma curva brusca. A água invadiu o veículo e a maioria dos tripulantes correu para o outro lado. Com o desequilíbrio, a canoa teria virado.
O único passageiro com colete salva-vidas na canoa era Pedro Henrique da Silva, 6 anos, que ainda salvou a mãe, Joseane, que não sabe nadar. Ele agarrou a mulher, pediu que ela cuspisse a água e, juntos, alcançaram a terra firme. A mulher perdeu a outra filha, Ane Gabryely da Silva, 4, e o marido, Rúbio da Silva, 27.
Com informações da TV Brasília
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