Investigadores da Coordenação de Fraudes, Ordem Tributária e Crimes Contra o Consumidor (Corf) prenderam hoje, às 11h45, duas pessoas acusadas de usar falsidade ideológica para resgatar uma precatória de R$ 640 mil do Banco do Brasil. A polícia deteve a advogada Maria de Fátima Aparecida de Sousa, de 58 anos, e o cliente dela, José Stanti, de 85 anos. Os dois conseguiram uma precatória que de fato existe, no nome de Thomas Edison Carneiro Fontes, forjaram o documento de identidade do homem para conseguirem uma procuração em cartório, e hoje tentaram sacar o dinheiro da agência.
A mulher foi presa em flagrante, dentro de uma agência do banco no Setor Comercial Norte. O idoso estava esperando do lado de fora do prédio, e também foi detido. Ela tinha passagem por formação de quadrilha, estelionato, lesão corporal e comunicação falsa de crime. A dupla vai responder por estelionato e uso de documento falso e, se condenados, devem cumprir de dois a 10 anos de pena prisional. Eles estavam sendo monitorados pela polícia, que sabia que eles tentariam o saque hoje e estava a postos na agência.
No carro que os dois usaram para chegar ao banco, policiais da Corf ainda encontraram uma série de documentos que indicam futuros golpes e a possível existência de uma quadrilha. De acordo com o delegado que cuida do caso, Jeferson Lisboa Gimenes, ainda há três pessoas do grupo a serem presas."Essa é uma quadrilha que tem informações de precatórias que já existem. Eles fazem esse levantamento, forjam documentos e conseguem procurações em cartórios, para então cobrar a dívida do banco", explica.