Professor do Centro Universitário de Brasília (UniCeub) e psicólogo, Carlos Augusto de Medeiros explica que vivemos em uma sociedade na qual as pessoas procuram agir e se mostrar para ser reconhecido por um grupo. ;Chegamos a ser, de certo modo, escravos do poder, do status, do reconhecimento. E as redes sociais maximizam isso. As pessoas têm que se preocupar muito e estar atentas para não perderem a individualidade;, diz.
Medeiros explica que a necessidade de alimentar os perfis na internet se deu, especialmente, pela inovação da tecnologia, que possibilita a comunicação por muitas pessoas ao mesmo tempo e de forma extremamente rápida. ;Se a gente voltar aos anos 1980, fora daquele círculo de amigos que tínhamos, poucas pessoas saberiam dizer onde você estava, com quem estava, o que estava fazendo. Agora, essa divulgação é muito rápida, e há uma necessidade de mostrar o que se está fazendo, onde se está;, acrescenta.
[SAIBAMAIS]Além da exposição, muitas pessoas usam as redes sociais para publicar conteúdos que agradem não a ela mesma, mas aos seguidores, segundo o psicólogo. ;Somos muito motivados pela atenção, pelo status, pelo reconhecimento e pelo pertencimento a certos grupos. Então, quando postamos onde estamos ; e o local confere status ;, é muito mais provável que isso tenha valor para os que estão vendo;, define.
Não dê bobeira
Atenção com o que você coloca na internet
; Não adicione pessoas desconhecidas em redes sociais, mesmo que ela tenha ligações com amigos
; Evite, ao máximo, divulgar informações pessoais que demonstrem os locais que você frequenta para não ser vítima de emboscada
; Não exponha nomes de familiares a fim de que não sejam usados depois, por exemplo, em trotes para tentar extorsão
; Restrinja, ao máximo, dados, tais como telefones, endereços e números de documentos
; Não publique fotos ou vídeos íntimos, mesmo que seja em trocas de mensagens pessoais. Hackers podem ter acesso mais facilmente se imagens estiverem em redes sociais
Fonte: PCDF