Na opinião dos Procons e das entidades de defesa do consumidor, as resoluções existentes normatizaram o setor e melhoraram a situação, mas ainda é preciso fiscalização efetiva do Banco Central para que as regras sejam, de fato, cumpridas. ;O que a gente percebe é que, desde 2008, as tarifas foram padronizadas para ajudar o cliente, mas quem está vencendo essa questão não é o consumidor, mas, sim, as instituições financeiras. É preciso um rigor maior na fiscalização. Tem que punir e multar, e o Bacen pode fazer isso;, defende Ione Amorim, economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
A principal queixa registrada no Banco Central é relativa a débitos não autorizados. Cobranças de taxas e descontos que o cliente não permitiu. Foi o que ocorreu com a advogada Flávia Guimarães, 38 anos. Ela conta que teve R$ 120 debitados indevidamente da conta-corrente e só conseguiu reaver o dinheiro 45 dias depois. ;Esse valor era para as vítimas das enchentes do Brasil. Eu até poderia ajudar, mas o banco deveria ter me comunicado;, queixa-se a advogada. Para ela, o serviço bancário no Brasil ainda precisa melhorar. ;As filas são enormes, o maquinário deixa a desejar e o atendimento é muito relacionado ao tipo de cliente que você é. Se você for um cliente mais sofisticado ou se é mais simples. Isso é muito ruim. A gente se sente desassistido;, reclama.
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