Os assaltos a ônibus interestaduais nas rodovias que cortam o Distrito Federal acontecem a cada seis dias. Na madrugada de ontem, outro caso chamou a atenção pela violência. de um ônibus de dois andares que saiu de Brasília com destino ao Rio de Janeiro. O trecho do ataque ; entre as BRs 040 e 050, perto de Luziânia (GO) ; aparece entre os mais perigosos do Brasil.
No total, as vias federais na capital registraram 62 ocorrências em 2013. Os dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) mostram que, caso os roubos do DF sejam somados aos de Goiás ; 99 ;, as duas unidades da Federação respondem por mais da metade dos assaltos a ônibus interestaduais nas rodovias brasileiras. O país contabilizou 311 crimes dessa natureza, enquanto Brasília e o estado goiano tiveram 161.
O ônibus atacado perto de Luziânia saiu da Rodoviária Interestadual por volta das 20h30 e foi interceptado, a tiros, por bandidos uma hora depois (veja Como foi). As vítimas, assustadas, relataram que os assaltantes ameaçaram disparar na cabeça de quem não entregasse os objetos de valor. Uma das passageiras, Soraia de Castro Vasconcelos, 28 anos, estava em Brasília na casa de parentes e voltava para a capital carioca. Um primo dela contou ao Correio que ela viveu momentos de pânico. ;Eles tocaram o terror, foi muito grave. Deram três tiros, disseram que matariam todo mundo. Havia crianças, e todas choravam muito;, contou.
Os viajantes ficaram reféns por mais de uma hora. Os bandidos recolheram aparelhos eletrônicos, dinheiro e objetos pessoais. Quatro passageiros que estavam no primeiro piso do veículo tiveram tempo de esconder alguns pertences dentro dos bancos. Outros ligaram para parentes e avisaram sobre o crime. Mesmo assim, os assaltantes tiveram tempo de levar o ônibus para um matagal e pegar malas, sacolas e uma televisão no bagageiro. Os dois fugiram em seguida. Devido à chuva intensa, o veículo ficou atolado. As vítimas registraram ocorrência, e a empresa disponibilizou outro transporte por volta das 3h30. O crime foi registrado na 1; DP de Luziânia. Até o fechamento desta edição, eles não tinham sido identificados.
A história foi sugerida por um leitor do Correio por meio das redes sociais usando a hastag . Clique neste link e veja como participar e fazer parte da construção da notícia!
A matéria completa está disponível para assinantes. Para assinar,