A movimentação na rodoviária de Brasília estava grande às 5h30 desta quarta-feira (5/3), horário em que chegou ao local o motorista de taxi Anderson Oliveira, 33. Já na fila de taxistas, aguardando novos clientes, Anderson disse que o fluxo de passageiros é grande desde o início do feriado, e que aumentou em pelo menos 10% a demanda pelo serviço.
;Para ter uma ideia, a fila de taxistas, que em geral é de no máximo 40 ou 50 veículos, está com mais de 70;, disse ele à Agência Brasil. ;Havia também muitos turistas na cidade. Mas como Brasília não tem tradição de carnaval, geralmente as corridas tinham como destino pontos turísticos;, informou o motorista.
Um dos foliões que retornaram a Brasília após pular carnaval em outros locais foi o assistente administrativo Anderson Pereira da Silva, 22. ;Fui curtir o carnaval de Buritis (MG). Como era também aniversário da cidade [no dia 28] havia carnaval de rua e muitos shows no palco montado;, disse ele. Silva criticou o excesso de paradas feitas pelo ônibus na viagem de ida. ;Era um ônibus pequeno e, para ocupar mais acentos, tiveram de fazer paradas, o que aumentou muito o tempo de viagem. O pior é que a nossa reclamação durante a viagem acabava restrita ao motorista, que nada pôde fazer;, lamentou.
Mas a maior preocupação dele foi com as estradas, que estavam cheias, principalmente na ida. "Na volta, a coisa ficou mais tranquila;. Já o militar Carlos Henrique Barcelar, 22, evita o carnaval. ;É por motivos religiosos;, justificou. Ele não deixa de viajar, porém, no feriado. ;Aproveito a data par rever a família e me reunir com amigos, para comer pizza e orar;.
[SAIBAMAIS]Descansar e encontrar o namorado em Goiânia. Esses foram os motivos que levaram a jornalista Natália Oliveira a deixar Brasília e viajar para a capital de Goiás. ;Para mim, carnaval é um feriado a ser passado em frente à TV, no máximo vendo o desfile das escolas de samba. Não gosto de pular;, disse ela.
Voltando de Unaí, em direção a Goiânia, a gerente de vendas Fernanda Cristina Machado não encontrou maiores problemas para viajar com a filha Maria Fernanda, de 3 meses. Sentada, na rodoviária de Brasília, enquanto aguardava para pegar outro ônibus, ela disse não se importar com as quase duas horas de espera. ;Foi o tempo de descer, mexer as pernas, fazer um lanche, esperar e seguir viagem. É até bom, já que são praticamente sete horas dentro de um ônibus;, acrescentou. Avessa a carnaval, ela aproveita o feriado para encontrar a avó. ;Apesar de eu estar de licença maternidade, ainda preciso da ajuda da minha mãe para poder viajar. E ela só poderia viajar nesse feriado;.