Os agentes, escrivães e papiloscopistas federais realizam um protesto em forma de funeral, nesta terça-feira (25/2), em frente ao Ministério da Justiça. O ato inicia a paralisação de 48 horas dos policiais federais.
De acordo com a Polícia Militar, cerca de 60 policiais participam do ato, que não interfere no trânsito da Esplanada dos Ministérios. A PM acompanha a manifestação.
O Sindidicato dos Policiais Federais do Distrito Federal (Sindipol) informou que a ação de hoje faz referência ao quadro da "segurança pública no país, da violência epidêmica e do descaso do governo federal em solucionar os problemas".
Segundo dados do Sindipol, 92% dos homicídios no Brasil não são solucionados. "Precisamos de uma mudança profunda na estrutura das polícias em especial da PF", afirmou o presidente do sindicato, Flávio Werneck.
A classe pede a reestruturação da carreira e a recomposição salarial - em consequência de quase oito anos sem o reajuste. Os policiais federais foram os únicos que rejeitaram a proposta de 15,8% do governo federal, oferecida em 2012 e 2013.
Na quarta-feira (26/2), os policiais federais realizarão um novo ato. Em frente ao Palácio do Planalto, a categoria fará um "sombrinhaço" para denunciar as condições de trabalho dos profissionais que atuam nas zonas de fronteira e o sucateamento das delegacias regionais.
A paralisação de 48 horas faz parte Calendário Nacional de Mobilizações, proposto pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). De acordo com o sindicato, 30% do efetivo continuará em atividade, conforme a determinação da lei.