Abrigo dos três poderes, a Esplanada dos Ministérios tem sido palco frequente de manifestações, tumultos e ações de criminosos. As confusões chegam cada vez mais perto de ministros, políticos e outras autoridades. Ontem, um homem atirou quatro vezes para o alto, entre o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, por volta das 9h30. Ninguém se feriu. Depois dos disparos, Abdias Soares, 69 anos, guardou a arma e saiu tranquilamente. Mas acabou preso por policiais legislativos perto do anexo 4 da Câmara dos Deputados. No ano passado, uma tentativa de furto na mesma região também terminou com tiros.
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Réu em ações cíveis em Goiás, Abdias (veja Perfil) decidiu protestar com os disparos. Ele dizia estar inconformado com a Justiça de Goiás e queria chamar a atenção na capital federal. O homem foi ouvido por policiais do Departamento de Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados (Depol). Abdias disse ter comprado o revólver calibre 38 por R$ 1,5 mil em Santo Antônio do Descoberto (GO). O armamento é de uma empresa de segurança de Pernambuco, segundo a Assessoria de Comunicação da Câmara dos Deputados.
O Depol concluiu o inquérito às 15h de ontem. Segundo o departamento, Abdias não tinha passagens pela polícia e aparentava ter algum distúrbio psiquiátrico. Ele vai responder por porte ilegal de arma de fogo e disparo em via pública. A Câmara informou que ele seria encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) e, em seguida, para a carceragem da Polícia Civil do DF (PCDF). A arma também foi encaminhada à PCDF para ser periciada. Até o fechamento desta edição, a 5; DP (área central) não havia recebido a ocorrência.
Sem reforço
Apesar dos casos registrados no centro do poder, o STF e a Câmara dos Deputados não consideram necessário o aumento de policiais e seguranças nos prédios. A Corte informou, por meio da Assessoria de Comunicação, que apenas seguranças patrimoniais fazem parte do quadro e que ;não há planos de aumentar o efetivo;.
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