Em nota, governo do DF informou que a decisão de manter a proposta foi aprovada depois de ouvir os comandos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar. Mas para o vice-presidente da Aspra, sargento Manoel Sansão, não é possível um grupo de oficiais decidirem por toda corporação. Sansão disse que não esperava que o governo decretasse o reajuste, já que a categoria havia rejeitado a proposta anteriormente. ;Os praças estão decepcionados. A Aspra não concorda com esse reajuste que só beneficiou os oficiais. Nossa proposta é de uma reestruturação completa da carreira, com isonomia e aumento linear do salário;, disse o sargento.
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Quatro perguntas para
Mauro Brambilla, presidente do Fórum das Associações dos Policiais Militares e do Corpo de Bombeiros
Por que a corporação aceitou a proposta do governo?
Pela manhã, houve a assembleia de uma parte. À noite, de outro segmento. A minha associação aceita, mas com restrições. Entendemos que é razoável, mas, claro, poderia ser melhor. As questões foram atendidas parcialmente.
O que falta ser atendido?
A reestruturação, para recompor a carreira salarial dos militares, por exemplo. Temos cabos e soldados há 10 anos sem promoção e, se tivermos a reestruturação, isso vai melhorar. Corrige pontos de ordem burocrática, como a equivalência dos cursos.
Essa decisão não vai provocar um racha na corporação?
Vai, sim. A gente fez um esforço, mas não deu. Ouvimos o governador e achamos que fez um esforço, e condenamos apenas que essa decisão foi tomada muito tarde. Mas só tinha esse caminho.
Não fica a impressão de que os oficiais passaram por cima dos praças?
Isso é um ponto de vista. Mas o racha já está aí. E isso só pode prejudicar, claro. Ninguém esquece e vai gerar um ressentimento.
Manoel Sansão,
vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar
Como fica a situação após os oficiais aceitarem a proposta do governo?
O que vimos hoje (ontem) foi um absurdo. Dois mil PMs querendo falar por 15 mil praças que foram ao gramado em frente do Palácio do Buriti.
Qual o posicionamento da Aspra?
A Aspra não vai aceitar. Vamos acionar o departamento jurídico porque isso não é legal. Estão querendo fraudar uma decisão.
Vai criar um racha na corporação?
Um racha completo, que não fará bem para a categoria, para a polícia no geral, nem para os bombeiros, muito menos para a população. Em vez de brigarmos por uma proposta que atenda os anseios da categoria, fica essa grande indecência.
E as operações tartaruga e padrão?
Vamos continuar com a operação legalidade. Vamos trabalhar dentro da legalidade. Não vamos dirigir viatura se não tiver autorização, só vamos andar na velocidade da via, independentemente do que estiver acontecendo. Além disso, agora temos a operação mordaça. Não vamos falar nada para ninguém. Não vamos ficar nos expondo.
Com informações da Agência Brasil