Jornal Correio Braziliense

Cidades

Policiais militares e bombeiros recusam prosposta de reajuste do GDF

Eles estão reunidos em frente ao Palácio do Buriti desde as 9h



Operação Tartaruga
Sem reajuste salarial, os PMs da capital deflagraram em outubro do ano passado a Operação Tartaruga para cobrar, entre outros pontos, reajuste salarial, reestruturação da carreira e pagamento de benefícios. Os militares garantiram que não iam deixar de atender ocorrências, mas que só iam circular na velocidade da via, mesmo durante perseguições, e disseram que só encerrariam o movimento quando o GDF abrisse negociação.

Enquanto parte da corporação cruzava os braços para pressionar por melhorias salariais e desgastar a imagem do governo, a criminalidade avançou na capital do país no mês de janeiro. Segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública, apenas nos primeiros 29 dias do ano, houve 63 homicídios, que representou aumento de 28% em relação a janeiro de 2013. Muitos policiais militares evitaram os chamados da população. Como mostrou o Correio em reportagens, alguns PMs trocaram mensagens em que revelavam a omissão no atendimento.

No começo de fevereiro, a desembargadora Nilsoni de Freitas Custódio acatou parcialmente o pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que declarou a operação tartaruga da Polícia Militar ilegal. Com a decisão, a magistrada determinou o fim do movimento de policiais e bombeiros.

A decisão obrigou os policiais e bombeiros a voltarem imediatamente ao trabalho. Em caso de descumprimento, a multa estipulada era de R$ 100 mil diários que seria dividida pelas associações.