Jornal Correio Braziliense

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Câmara Legislativa vai gastar 22% a mais que em 2013, em ano eleitoral

Entre as principais despesas, estão os contracheques dos servidores, os benefícios pagos aos distritais e a manutenção do prédio onde funciona o parlamento local

No último ano desta legislatura, a Câmara Legislativa vai gastar R$ 404,5 milhões. O orçamento da Casa previsto para 2014 é 22% superior aos recursos gastos em todo o ano passado. Os valores serão destinados para desembolsar salários dos 1,8 mil funcionários, fazer a manutenção do prédio e pagar as benesses garantidas aos parlamentares, como a verba indenizatória. A maior parte dessa bolada será destinada ao pagamento de pessoal: os gastos com os contracheques dos servidores consumirão R$ 285,4 milhões. No ano que vem, entretanto, esse montante deve crescer ainda mais, já que a Câmara vai promover concurso público e os novos funcionários passarão a dar expediente na Casa em 2015.



De janeiro a dezembro do ano passado, a Câmara gastou R$ 330,8 milhões. O orçamento inicial para 2013 era de R$ 387,5 milhões, mas a Casa conseguiu economizar mais de R$ 56 milhões, recursos que foram devolvidos ao Governo do Distrito Federal. Entre as razões da economia, está o atraso na implantação da tevê da Câmara Legislativa: o canal deveria entrar no ar em 2013, mas, por problemas operacionais, o projeto ainda não saiu do papel e só começará a funcionar este ano.

No rol de despesas da Casa, chamam a atenção os gastos com terceirização, que praticamente dobraram nos últimos quatro anos. Em 2010, a contratação de empresas consumiu R$ 6,4 milhões, valor que saltou para R$ 12,4 milhões no ano passado. O secretário-geral da Câmara, George Burns, explica que o aumento dos gastos nessa rubrica é explicado pela mudança da antiga para a nova sede. ;O velho prédio, no fim da Asa Norte, tinha pouquíssimos elevadores, por exemplo. Aqui, são nove. Pouco antes da mudança, os gabinetes funcionavam de forma improvisada;, afirma. As melhorias foram adiadas e, depois que os deputados e servidores se mudaram para a nova sede, foram firmados novos contratos diante das necessidades que surgiram.

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