Jornal Correio Braziliense

Cidades

Em quadra da Asa Norte com 12 lojas, 10 foram assaltadas nos últimos meses

Quem mora ou trabalha na região reclama da insegurança provocada por assaltos constantes, principalmente a partir da virada do ano


Comerciantes e moradores da Asa Norte reclamam dos sucessivos assaltos a lojas e a apartamentos. Em um bloco comercial com 12 estabelecimentos, localizado na 403, 10 empresários sofreram com a ação de bandidos nos últimos meses. No prédio ao lado, o porteiro teve todos os pertences levados na última terça-feira. A poucos quilômetros do local, na 710, um oficial da Aeronáutica foi esfaqueado na madrugada de ontem. O golpe atingiu o pulmão do jovem de 25 anos. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, em janeiro foram registrados dois roubos em toda a Asa Norte, o que representaria uma queda de 66,7% em comparação com o ano passado. No entanto, somente nas quadras visitadas pelo Correio, foi possível constatar pelo menos quatro assaltos a lojas no primeiro mês de 2014. Diferença explicada pelo consultor em segurança pública George Felipe Dantas: ;Isso acontece por descrença da população em dar queixa e até pelo medo de uma represália do criminoso; (leia Palavra de Especialista).

Os relatos dos trabalhadores da região são de medo, prejuízos e descrença nas ações das polícias Militar e Civil. As portas de vidro e a decoração, aos poucos, dão lugar às grades. O investimento para intensificar a segurança privada chega a R$ 10 mil e se amplia também com câmeras e alarmes.

A última vítima dos ladrões no Bloco A da 403 foi um estabelecimento de intercâmbio. O assalto aconteceu na madrugada de quinta-feira. Foram furtados computadores, monitores e lap tops. Além disso, o diretor regional da empresa, Marcos Sisconeto, 32 anos, viu a violência chegar perto da família dele outra vez em 2014. Tomou uma decisão: vai morar fora do Brasil com a mulher e o filho. ;O brigadeiro da Força Aérea Brasileira assassinado em janeiro morava no meu prédio, na 112 Sul. Entrou na garagem 10 minutos depois de mim. Agora, a minha loja foi assaltada. Não é mais seguro viver em Brasília;, conclui.

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