O ano letivo começou ontem em toda a rede pública de ensino do Distrito Federal. Nenhum dos 471 mil alunos dos ensinos fundamental e médio ficou sem colégio. Seis mil crianças, no entanto, não conseguiram se matricular em alguma creche. Uma mudança no calendário escolar, por conta da Copa do Mundo, foi o assunto dominante entre pais e alunos na volta às aulas e dividiu opiniões. Em vez de terem 15 dias de férias no meio do ano, como acontece geralmente, terão um mês inteiro de folga na época da competição.
A Lei Geral da Copa exige que as escolas parem no período do torneio, porém, cada unidade da Federação tem autonomia para decidir. O secretário de Educação, Marcelo Aguiar, garante que os alunos não perderão um dia sequer de aula e explica que tomou essa atitude justamente para não os atrapalhar. ;Os colégios param em dia de jogo, muita gente acaba faltando e isso com certeza seria prejudicial;, justifica.
Reformas
Luis Claudio Megiorin, presidente da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF, afirma que, das 654 escolas da rede pública, 291 passaram por reforma para este ano. Ele conta que o debate sobre as férias dominou as reuniões da associação. Segundo Megiorin, os responsáveis são contra a medida do governo. Eles acreditam que o recesso prejudicará a vida do aluno e temem que uma eventual greve atrase ainda mais o término do ano letivo. ;Em parte, eles têm razão;, comenta Megiorin. Em contrapartida, há uma resolução do Conselho Nacional de Educação que obriga as escolas a liberarem os estudantes em dias de jogo nas cidades sede, e isso atrapalharia. ;Os outros 15 dias que teriam aula no momento do evento seriam conturbados. Muita gente faltaria e seria difícil repor depois;, pondera.
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