O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, criticou nesta segunda-feira (3/2) a operação tartaruga realizada por parte dos policiais militares do Distrito Federal desde o fim do ano passado. Cardozo, que é do partido do governador Agnelo Queiroz (PT), disse que os interesses corporativos não podem ;pisotear; sobre o interesse público e prejudicar a população. ;Não há interesse corporativo, por mais legítimo que possa ser, que permita aos seus defensores pisotear sobre esse interesse público e fazer com que a sociedade sofra. Servidores públicos são servidores públicos e como tal não podem jamais perder a dimensão do seu papel;, afirmou, ao sair da sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reabriu os trabalhos do Judiciário este ano.
Hoje, as associações de policiais e de bombeiros participantes da operação tartaruga devem ser notificadas oficialmente da decisão judicial que declarou a ilegalidade do movimento. Caso descumpram a ordem, passa a valer a aplicação da multa de R$ 100 mil por dia estipulada pela desembargadora Nilsoni Custódio, do Tribunal de Justiça do DF. O processo será distribuído para uma câmara cível de 2; instância para análise de um desembargador e apresentação das partes. Caso as entidades recorram da liminar, o colegiado pode se reunir ainda nesta semana para julgar o mérito da ilegalidade da operação.