Jornal Correio Braziliense

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Digitalização do Arquivo Público revela imagens nada conhecidas do DF

Processo ainda ajuda na inclusão de pessoas com deficiência que atuam no processo. São 120 pessoas chamadas para o trabalho

Um acervo gigantesco que ocupa estantes e mais estantes, em breve estará a poucos cliques de qualquer interessado. O Arquivo Público do DF passa por processo de digitalização de todo o material sob seu cuidado. O trabalho demanda paciência, cuidado, atenção. Para a execução, 120 pessoas revezam-se em dois turnos para completar todas as etapas. Todos têm algum tipo de deficiência, a maioria auditiva, alguns física e um deles, intelectual.

Apesar de a digitalização de um documento parecer simples hoje em dia, fazê-lo com milhares de papéis, de diferentes tamanhos, idades e cores, amplifica a dificuldade do trabalho várias vezes. No primeiro momento, é preciso fazer a higienização de tudo. Página a página, toda a poeira, bem como qualquer objeto metálico ; clipes, grampos ;, deve ser retirada.

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Em seguida, é feita a identificação do material. Data, origem, assunto e toda informação relevante são colocados no que os técnicos chamam ;camisa;. Partem, então, para os escâneres. E o processo não termina aí. Para que seja possível encontrá-lo em um gigantesco banco de dados, o arquivo precisa ser indexado, como uma espécie de assinatura digital. Todas as etapas passam por conferência. Qualquer erro obriga o pacote da vez voltar à fase anterior.

Mais do que executar tarefas, a equipe tem a chance de ter contato direto com documentos históricos. ;Tem muita informação que passa por esse acervo. Muita coisa interessante. A gente aprende com tudo isso;, afirma Núbia Fernanda Laismann, 19 anos, com auxílio do intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) Roger Rafael Opazo. Os dois são da Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial (Cetefe), instituição contratada para o serviço no Arquivo Público. Antes, Núbia havia trabalhado no arquivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). ;Era diferente. Lá, os documentos são atuais, o trabalho é mais fácil, rápido. Aqui, são antigos, fracos, delicados;, compara.

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