Quem for ao Shopping Iguatemi no sábado (25/1) à tarde provavelmente não ouvirá os refrões de MC Da Leste, Bonde do Sheik, Os Avassaladores e outras estrelas dos chamados ;funk da ostentação;, que marcaram os primeiros ;rolezinhos; em São Paulo. Os funkeiros não frequentam as playlists da maioria dos organizadores do evento. Provavelmente, também estarão ausentes os tênis coloridos e as roupas de grifes. A maioria dos participantes é de alunos e ex-alunos da Universidade de Brasília (UnB), e muitos deles são grupos militantes de esquerda. ;Mas temos estudantes de classe média e de baixa renda, pessoas que não cursam universidade;, diz o aluno de artes cênicas da UnB Caio Sigmaringa, 19.
Repressão
Mesmo compreendendo essa diferença, os organizadores do evento no Iguatemi se esforçam para aproximar-se dos moradores de cidades de renda mais baixa. Na tarde de ontem, o estudante Franklin Rabelo, um dos idealizadores, afirma ter sido abordado por policiais militares enquanto distribuía panfletos no Varjão. ;Tomaram o meu material e me mandaram ir embora. Disseram que eu estava organizando uma baderna;, reclamou.
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