Os ônibus velhos que são sinônimo de martírio para os passageiros do Distrito Federal podem continuar nas ruas da capital do país. Gradualmente substituídas por veículos novos após a licitação feita entre 2012 e o ano passado, as sucatas ambulantes começam a ser colocadas à venda pelas empresas que não continuarão e até pelas que permanecerão no sistema. Uma das principais preocupações do governo do DF (GDF) é que as 13 permissionárias que operam no Entorno absorvam parte da frota de mais de 3 mil ônibus que está sendo dispensada daqui até o mês que vem. Sem uma fiscalização eficiente, as latas velhas podem retornar às vias do DF, no transporte de moradores das cidades goianas próximas.
As viações Pioneira, Planeta, Satélite e Cidade Brasília, da família Constantino, colocaram no mercado cerca de mil ônibus fabricados entre 1996 e 2009. O preço é a partir de R$ 28 mil. Os anúncios são feitos em jornais e, principalmente, por meio de portais especializados em transportes e vendas de produtos diversos, além de outdoors. Na internet, existe informação sobre um grande número de veículos à venda desde o ano passado. Uma funcionária da Pioneira, que trabalha no setor comercial da empresa, ressaltou, por telefone, que a venda é corriqueira. Representantes do grupo não quiseram falar oficialmente sobre o assunto.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do DF (Setransp-DF), Wagner Canhedo Filho, disse que ainda não colocou ônibus à venda. ;É possível que as empresas que estão trocando a frota ou saindo do sistema vendam esses veículos. Quero crer que todos vão conseguir. Precisam vender;, resumiu o dono da Viplan. A Pioneira é a única da família Constantino que permanecerá no novo sistema, trabalhando na Bacia 2, com 640 veículos. O número é inferior aos mais de mil coletivos cadastrados no Transporte Urbano do DF (DFTrans).
Colaborou Adriana Bernardes
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