A confusão está formada. É duelo de rachar. E envolve dois dos bares mais tradicionais da cidade. Na verdade, apenas um, que se dividiu em dois: o velho e sempre Beirutão, na 109 da Asa Sul (que completa, em 2014, 48 anos), e o Beirutinho, do outro lado da Asa, na 107 (que, em outubro, chega ao seu sétimo ano de vida). A coisa está pipocando nas duas asas.
E a ciumeira se deve pelo fato de ontem o Correio Braziliense publicar, no alto da capa, com status conferido às celebridades, a foto de alguns dos garçons do Beirutinho, vestidos com o uniforme que sempre lhes pertenceu ; um terno vinho com gravata borboleta. Quase igual, quase igualzinho, ao que o craque argentino Messi usou na festa de premiação da Bola de Ouro, em Zurique, na Suíça.
A comparação entre a roupa chique do argentino (da grife italiana Dolce & Gabbana ) e o uniforme dos garçons (feitos pelo bom e atento alfaiate Dedé, na W3 Sul) explodiu nas redes socais. Pipocaram publicações na internet, com montagens de Messi carregando uma bandeja entupida de kibeirute (um dos pratos mais tradicionais e pedidos da casa). O detalhe é que o terninho do baixinho Messi custou R$ 3.300. Coisa de gente rica. Vai encarar? Dedé, bem aqui na sua alfaitaria, cobra R$ 140 pelo modelo.
Mas, afinal, por que a ciumeira entre os garçons dos dois Beirutes? Os homens de gravatinha borboleta da Asa Sul, mais antigos, se sentiram discriminados. E acusam o jornal de dar espaço aos ;reservas; do time Beira (como o bar é chamado carinhosamente pelos seus frequentadores). Reserva? ;Sim, eles são mais novos. Foram nossos estagiários. Aprenderam tudo com a gente;, ralha o goiano José Angélico de Jesus, o Zezão, de 56 anos e há 21 carregando bandeja pra cima e pra baixo para sustentar os três filhos. ;Nós criamos esses meninos do Beirutinho.;
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