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Lago sem lei: mesmo após acidentes, abusos persistem no Paranoá

Correio flagrou lanchas em alta velocidade, jet skis próximos a banhistas, praticantes de esportes náuticos sem coletes salva-vidas e muita bebida


Uma semana após oito pessoas ficarem feridas em uma colisão entre duas embarcações no Lago Paranoá, muitos frequentadores do espelho d;água continuam ignorando as regras de segurança. Ontem, o Correio percorreu as margens do reservatório e flagrou banhistas praticando exercícios em pranchas sem colete salva-vidas e um homem pilotando jet ski com uma lata de cerveja na mão. À tarde, um barco pegou fogo e ficou completamente destruído. Três pessoas, entre elas uma criança, escaparam ilesas. É o segundo acidente no lago neste ano.

Com os termômetros marcando até 32;C no domingo, muitos brasilienses se refrescaram no Lago Paranoá. Várias lanchas e jet skis se reuniram na barragem, onde, com uma lata de cerveja em uma mão e a outra no jet ski, um homem fazia manobras entre embarcações e banhistas. Durante o dia, o Correio não viu fiscalização no espelho d;água.

O Lago Paranoá também atrai banhistas. Na prainha do Lago Norte, na tarde de ontem, crianças e adultos mergulhavam na água. A proximidade com as lanchas preocupou a dona de casa Maria de Lurdes Rocha, 62 anos. ;A gente fica com medo, porque elas passam perto;, disse a moradora da Cidade Ocidental (GO).

O funcionário público Alcinei de Souza, 59 anos, levou o filho Alcinei Junior, 6, para nadar na prainha pela primeira vez. Ficou satisfeito com o espaço, mas de olho para o filho não se aproximar das embarcações. ;Percebi que as lanchas estão passando longe. Mesmo assim, fico de olho nele;, contou. De férias, o morador do Lago Norte vai voltar à prainha hoje. ;Gostei muito. Achei importante ter bombeiros aqui e venho amanhã (hoje) para fazer um churrasco e nadar;, acrescentou.

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