Nas quadras residenciais das asas Sul e Norte, o clima é de interior. Tem parquinho, gramado e árvores frutíferas, que, em determinadas épocas, embelezam o cenário e alimentam quem circula pelos blocos. A oferta é diversificada: goiaba, amora, limão, pinha e muita manga. Algumas espécies estão fincadas em solo candango desde a construção da capital. Por isso, ajudam a contar parte da história de Brasília. O Parque da Cidade também tem seus exemplares saborosos em estacionamentos e próximos à ciclovia.
No plano de Lucio Costa para a arborização da capital, cada conjunto de pilotis seria identificado por um tipo de espécie. Isso porque o projeto previa, na escala bucólica, uma faixa de árvores em uma área de 20m em volta dos blocos. Como naqueles tempos não havia mudas nativas do cerrado, a alternativa foi utilizar aquelas vindas de outras regiões do país. Dessas, se destacam as jaqueiras e as mangueiras, que produzem sombras frondosas.
Ao lado da banca do jornaleiro Carlos Valença, 61 anos, na 209 Sul, há um pé de jaca que faz a alegria dos moradores do bloco. Como está todos os dias ali, ele acompanha o crescimento das frutas. ;É bonito ver o processo das jacas passando de pequenas a grandes;, conta. Quando maduras, são colhidas discretamente. ;Eu não vejo quando cortam, mas percebo que todo dia tem menos. O pessoal vem e leva para casa;, acredita.
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