O acidente com um ônibus que ia para Planaltina de Goiás, no primeiro dia de 2014, próximo à Ponte do Bragueto, mostra a fragilidade do sistema de transporte público do Entorno. O coletivo que tombou deixando 20 feridos estava com pneus carecas. Diariamente, 1.150 veículos cadastrados na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) transportam cerca de 300 mil passageiros dos municípios próximos para o DF. Eles enfrentam viagens de 45 minutos a 2 horas por trajeto em carros em péssimas condições. Convivem com o medo de acidentes e com a incerteza se chegarão ao destino no horário certo. Embora seja possível ver alguns ônibus novos, a maioria tem pneus gastos, assentos e portas quebradas, são muito sujos e pouco seguros.
Na Rodoviária do Plano Piloto, é possível perceber, em poucos minutos, a situação dos coletivos. Cada passageiro elege a pior. A Monte Alto, empresa responsável pelo veículo que derrapou no fim da Asa Norte na manhã de quarta-feira deixando 20 feridos, coleciona ônibus velhos e sem manutenção. Em um dos visitados pela reportagem ontem, os assentos estavam soltos e faltavam botões para abertura de portas e demais comandos.
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