No ambulatório do Hospital de Base (HBDF), há uma ala rosa onde mulheres que descobrem ter câncer recebem atendimento médico. No mesmo corredor, a organização não governamental (ONG) Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC) tenta mudar o caminhar sofrido das pacientes ao oferecer apoio àquelas que aceitam ajuda desde o diagnóstico. É no setor que dezenas de voluntários, como Renata Luz, 56 anos, e Cristina Maria Silva Valério, 51, recebem de braços abertos essas pessoas. As duas desempenham várias funções. São tarefas que vão desde a produção de lanches até a de um ombro amigo.
Renata faz parte do conselho da RFCC há uma década. A dona de casa esperou os três filhos crescerem para se tornar uma voluntária assídua. Por intermédio da vizinha, que conhecia os trabalhos da rede, a cearense de Fortaleza decidiu dedicar parte da vida a pessoas com quem ela nunca teve contato. Começou a distribuir lanches a acompanhantes das mulheres com câncer no ovário, no útero ou na mama, no 5; andar do HBDF. Hoje, desenvolve a mesma função, mas é uma espécie de mil e uma utilidades para a ONG. ;Faço de tudo. Só não mexo com artesanato, porque não tenho habilidade. Dou orientações no ambulatório sobre os direitos das pessoas com câncer para facilitar a vida delas. Faço visitas à enfermaria. Empresto meu ombro e meus ouvidos;, destaca a dona de casa.
Renata conta como começa a aproximação dos voluntários da ONG com as pacientes. ;Os médicos nos avisam que vão dar o diagnóstico e já ficamos perto da porta do consultório esperando a hora de a mulher deixar o local para tentar confortá-la;, explicou a dona de casa. Ao longo do tratamento, a relação se estreita.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui