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Em busca de um lar: reforma no HUB irá deixar gatos desabrigados

Cinco gatos que vivem no Hospital Veterinário da Universidade de Brasília não têm para onde ir. O gatil onde moram será transformado em consultório, e a comunidade acadêmica busca pessoas que queiram adotá-los



Princesa, Pamonha, Negão, Whitney e May. Eles são os xodós dos alunos e professores do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Brasília (UnB). Os cinco gatos que vivem no Hospital Veterinário da instituição ganham carinho e atenção diariamente. Três deles são fundamentais para o tratamento de outros felinos: doam sangue para transfusões. Mas, por conta de uma obra de ampliação do prédio, todos terão que ir embora. ;O espaço do gatil será transformado em consultório. Estamos de coração partido;, conta a professora Christine Souza Martins, especialista em felinos. A comunidade acadêmica se mobilizou em busca de novos lares para os mascotes. Nenhum dos cinco foi adotado até agora.

Os estudantes e funcionários se revezam para cuidar dos bichanos. ;Fazemos uma escala no fim de semana, quando o Hospital Veterinário não funciona. Trocamos a comida, a água e brincamos com eles. Eles fazem parte da nossa rotina. Todos aqui os adoram. Vai ser uma pena eles irem embora. Por isso, espero que encontrem um bom lar, onde ganhem muito carinho;, contou a veterinária Thaisa Cesari, 25 anos. ;Eles são muito queridos. Não há um aluno que não tenha uma foto, um vídeo deles. Eu mesma, desde que entrei na faculdade, aprendi a gostar de gatos com o contato com eles;, lembrou a veterinária Andreá Fernandes Nunes, 26. ;Já pensei em adotar, os colegas também. Mas todos aqui já possuem muitos animais em casa e não teriam condições de cuidar deles como eles merecem;, completou Andreá. Os animais precisam ser adotados o mais rápido possível. Todos eles estão com a vacinação em dia.

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O casal Princesa e Pamonha está há pelo menos 10 anos no prédio. Dóceis e inseparáveis, eles brincam e dormem abraçados. Por conta da idade e dos problemas de saúde da dupla, os estudantes temem que eles tenham dificuldades para encontrar um lar. Os dois possuem leucemia felina. O macho Pamonha também é doente renal crônico. ;Principalmente por conta da leucemia, é bom que eles não tenham contato com outros animais. Para deixar os futuros donos mais tranquilos, iremos oferecer tratamento gratuito para todos os animais durante toda a vida deles;, explicou a professora. Um gato pode viver até 20 anos. Christine pretende não separar os dois. ;Não dá para eles viverem separados. Seria muita maldade. Gostaríamos que a mesma pessoa adotasse os dois;, explicou.

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