Segundo o diretor de Obras da Administração do Guará, Rubens Mendes, a resolução não foi pautada pelos custos da obra, e sim pela demanda da sociedade. ;A manutenção das pedras portuguesas é mais cara, claro. Uma obra para refazer o calçadão seria mais onerosa e demorada. Mas não é por isso que ela será substituída. A demanda para retirar as pedras é antiga e surgiu da sociedade. Fizemos questão de chamar representantes para debater o assunto. E eles decidiram que o melhor era retirar;, explicou.
A diferença de opiniões, no entanto, ainda provoca discussões sobre a mudança. Moradora do Guará desde criança, a professora Giseli Cândida, 27 anos, lamenta que a filha Fernanda, 7, não vivencie o calçadão de pedras. ;Faz parte da cidade. É o charme daqui. Eu cresci frequentando o calçadão com a família. Mas, realmente, depois de tantos anos sem manutenção, sem cuidado, transformou-se em um perigo. Em alguns pontos, nem existe mais. As pedras foram se soltando, e a calçada sumiu. Infelizmente, por falta de cuidado no passado, ficaremos sem no futuro;, lamentou. O rapper e escritor Gog, morador do Guará há 40 anos, frequenta diariamente o calçadão e concorda com a mudança. ;É melhor. As pedras portuguesas estão soltas e machucam. Não me apego ao fator histórico, prefiro que elas não firam ninguém;, disse.
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