São problemas como os vividos pela família de André Luiz Pereira de Oliveira e Amanda Souza Santos, ambos com 30 anos. O casal comprou uma casa em Valparaíso (GO) por R$ 107 mil em um condomínio fechado chamado Flores da Serra. Quando o governo federal anunciou o subsídio via Minha Casa, Minha Vida, os dois viram a possibilidade de sair do aluguel em Taguatinga e, finalmente, comprar a casa própria. Porém, o sonho foi substituído pela ansiedade. Na previsão da construtora PDG, a obra deveria ser entregue em janeiro. Mas os proprietários só tiveram as chaves no fim de outubro.
Facilidades
Assim como Amanda e André, outros moradores do Distrito Federal estão migrando para o Entorno de olho nas facilidades do Minha Casa, Minha Vida. Os municípios ao lado da capital do Brasil apresentam oferta maior de imóveis participantes do programa. No Entorno, foram contratados pela Caixa 89.135 unidades habitacionais. No DF, o número é bem inferior ; 29,9 mil. Porém, a oportunidade de deixar o aluguel vem com dor de cabeça para boa parte dos mutuários. A coordenadora comercial Cristiane Muniz Lourenço, 28, morava em Vicente Pires e comprou um apartamento em Valparaíso. Para receber o imóvel, a construtora Rossi condicionou as chaves à assinatura de uma procuração dando poderes à empresa de modificar o projeto e fazer doações. Ao chegar no prédio, a coordenadora teve uma surpresa desagradável. ;A construtora tinha doado a área de lazer para a prefeitura. Sendo que, quando compramos, essa área era interna ao condomínio;, reclama.