Jornal Correio Braziliense

Cidades

Polícia prende organização criminosa que fraudou R$ 4 mi de correntistas

Uma servidora do Senado Federal, vítima do grupo, chegou a perder R$ 230 mil



Entre as vítimas, há uma servidora do Senado Federal da qual o bando conseguiu retirar R$ 230 mil da conta. As investigações demonstraram ainda que o grupo criminoso agia em todo o País. Outra mulher, moradora de Salvador (BA) teve um prejuízo de R$ 300 mil. Esse dinheiro era aplicado na compra de automóveis e motocicletas de alto valor, muitas vezes registrados em nome de pessoas fantasmas.

Segundo a polícia, esses veículos acabaram vendidos e o dinheiro aplicado na compra de um supermercado e algumas distribuidoras de bebida no Setor Habitacional Arniqueiras, Gama e Ceilândia. "Estamos falando dos maiores fraudadores do Distrito Federal", revelou o delegado-chefe da DRF, Fernando César da Costa. "A partir do momento que alguém compra com dinheiro ilícito um veículo no nome de uma terceira pessoa e se desvincula desses bens, essa pessoa se desembaraça da origem ilícita. Essa é uma das técnicas de lavagem de dinheiro utilizada por quase todas as organizações criminosas", explicou Costa.

Gerente sob suspeita

Na semana passada, a DRF também deflagrou a operação Garoupa I. Três pessoas, entre elas o gerente e um fiscal de uma conveniência do BRB, na CSA 1 de Taguatinga, acabaram presos suspeitos de integrar a quadrilha especializada no esquema de fraude de dados de cartões de crédito de correntistas do banco para a compra de veículos de luxo. Em uma única operação, os criminosos causaram um rombo de cerca de R$ 2 milhões na instituição financeira.

Segundo a polícia, pelo menos 19 clientes do banco foram vítimas do crime. Com a quadrilha foram encontrados duas caminhonetes L200, duas motocicletas Harley-Davidson, uma picape S10 e um Peugeot conversível. A operação, intitulada Garoupa - uma menção ao animal símbolo da nota de cem reais -, foi realizada no Gama, em Ceilândia e em Taguatinga.

Segundo a polícia, o responsável da conveniência fornecia dados dos clientes para que fosse feita a fraude. Conforme a investigação, eram escolhidos clientes com grande saldo em conta. A partir dos dados do cartão, a quadrilha gerava boletos, que eram usados para a compra dos veículos.

Assista à reportagem da TV Brasília

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