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Testemunhas de defesa dizem que superdose de adrenalina não matou criança

A médica que receitou a dose - quantidade 10 vezes maior do que o organismo da paciente suportaria - resposte por homicídio culposo, quando não há intenção de matar

, afirmaram que a superdose não matou a criança. Os médicos foram ouvidos pela 1; Vara Criminal de Brasília na quarta-feira (27/11).

Fernanda , quando não há intenção de matar. Para o Ministério Público, houve intoxicação devido a alta dosagem de adrenalina, quantidade 10 vezes maior do que o organismo da paciente suportaria. Segundo o órgão, a dose causou um edema agudo no pulmão que culminou na parada cardíaca e morte de Rafaela.

Em depoimento, um médico ouvido disse que a adrenalina não tem efeito duradouro e que as sete doses foram aplicadas para reanimação e somente depois de cinco horas a menina apresentou quadro infeccioso grave.

[SAIBAMAIS]Outra testemunha, um médico oncologista pediátrico, afirmou que a dosagem prescrita foi realmente alta, mas que não acredita que tenha causado o edema agudo do pulmão de Rafaela e posteriormente a parada cardíaca.



A médica patologista também disse que o laudo da perícia está "incompleto, muito resumido e não detalhado, por faltar informações como tamanho e peso dos órgãos analisados". Segunda ela, se houvesse intoxicação por adrenalina haveria necrose celular no corpo, o que não ocorreu de acordo com o laudo.

O juiz que analisou o caso deu sete dias para a defesa encaminhar quesitos complementares para esclarecimentos, em seguida haverá manifestação do perito.

Entenda o caso

Rafaela deu entrada no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), na Asa Sul, com manchas vermelhas pelo corpo. Segundo a mãe, Jane Formiga, ela estava com urticária. A menina, porém, teria começado a passar mal cinco minutos após receber 3,5ml de adrenalina, recomendada pela pediatra. A criança apresentou complicações e teve que ser transferida para a UTI do Hospital Regional de Santa Maria. Morreu após cinco paradas cardíacas em 23 de janeiro deste ano.

Assista à reportagem da TV Brasília
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