Jornal Correio Braziliense

Cidades

Três manifestantes são transferidas para a Colmeia; 12 seguem na DPE

Advogado garante que prisões são atos políticos

Dos 50 manifestantes detidos na noite dessa sexta-feira (15/11), após um protesto em frente ao Supremo Tribunal Federal, 15 ainda estão presos. No Departamento de Polícia Especializada (DPE), no Sudoeste, 12 jovens do sexo masculino aguardam a transferência para o presídio. Na 5; Delegacia de Polícia (Área Central), três moças estão detidas. Elas foram transferidas para o presídio feminino, a Colmeia, no Gama. A polícia indiciou os jovens por formação de quadrilha e depredação de patrimônio público. Eles são acusados de quebrar as grades em frente ao tribunal.



O advogado dos manifestantes, Gilson dos Santos, saiu há pouco do DPE. Ele entrou com um pedido de soltura na Justiça Federal. ;Do ponto de vista jurídico, eles têm de ser liberados hoje. Não há como provar a autoria de quem quebrou a grade ou como ela foi quebrada. Já pedi a perícia para apurar se estava quebrada antes. Eles só não serão soltos se houver se for político;, afirmou. Os pais de alguns jovens estão em frente à DPE tentando conseguir visitar os filhos.

Os manifestantes afirmam que o protesto contra a violência policial e pela desmilitarização da Polícia Militar foi pacífico, sem vandalismo. A confusão teria começado quando a PM tentou retirá-los da praça, no momento em que a manifestação estava esvaziada.


"Fizeram prisões arbitrárias. Até um turista que nem estava na manifestação foi levado para a delegacia", afirma Vanessa Dourado, do Comitê Popular da Copa.

Um ato, em frente à DPE, está sendo programado para pedir a liberação dos detidos.

Prisões

O manifestante Lucas Rafael registrou o momento em que a PM prendia alguns integrantes do protesto dessa sexta-feira, na Praça dos Três Poderes. As imagens mostram o rapaz sendo revistado e flagra o momento em que ele questiona os agentes sobre o motivo da prisão. Ele alega não portar nenhum objeto perigoso.

Um policial responde: "Vai todo mundo para a delegacia. Lá eles vão fazer a triagem". O menino pede para falar com o comandante da operação, mas os militares o mandam entrar no ônibus, no qual outros jovens aguardam


Confira as imagens:
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