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Servidora da Secretaria de Fazenda é presa acusada de liderar quadrilha

Funcionário é suspeita de ser uma das cabeças de um grupo que falsificava documentos para conseguir a liberação de crédito


A operação Casa Nova da Polícia Civil do Distrito Federal, deflagrada às 6h desta terça-feira (12/11), prendeu, até o momento, 12 pessoas, incluindo servidores públicos, por um suposto esquema de fraude no sistema de financiamento imobiliário na Caixa Econômica e na Poupex. Segundo a polícia, uma servidora da Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal era uma das cabeças da quadrilha. De acordo com as investigações, a mulher conseguia dados sigilosos de imóveis e repassava para a organização criminosa fraudar os documentos.

O esquema montado pelo grupo era o seguinte: eles conseguiam, de maneira fraudulenta, financiamentos para reforma e construção de imóveis para pessoas que não preenchiam os requisitos solicidados pelos bancos. Esseas linhas de crédito, com juros mais baixos, são destinadas apenas para pessoas que contam com terreno ou casas para reformar. Para burlar as normas, a quadrilha falsificava certidões de cartório, comprovantes de residência, além de outros documentos, para obter a aprovação dos empréstimos. Segundo a polícia, essas linhas de crédito cobram 1% de juros, enquanto outros financiamentos cobram taxas mais altas.

De acordo com informações da Polícia Civil, a quadrilha contava com ajuda de uma gráfica para a confeccção dos mais variados tipos de documentos. O proprietário do estabelecimento, Wester José da Silva, foi preso em Vicente Pires. O mandado de busca e apreensão foi expedido pelo juiz Evandro Neiva de Amorim, da 8; Vara Criminal de Brasília.

Dos 23 envolvidos no esquema, 17 foram presos. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Taguatinga, Luziânia, Valparaíso e Samambaia.


Os alvos principais da quadrilha eram os programas: Construcard, da Caixa, uma linha de crédito destinada à compra de materiais de construção e similares e o Moveiscard, também da Caixa Econômica, que fornece um cartão diferenciado aos beneficiados do programa Minha Casa Minha Vida. Com ele é possível financiar até 100% das compras com até 60 meses para pagar e juros baixos.

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O grupo atuava há pelo menos um ano. Segundo o delegado Jefferson Lisboa, o bando tinha acesso a folhas em branco da Companhia Energética de Brasília (CEB). Arquivos e computadores foram apreendidos por agentes da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (CORF).

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