durante um forte temporal em Ceilândia.
"As vezes eu acordo a noite, vou ao quarto dela e vejo que ela não está. Me dá uma tristeza muito grande;, diz a mãe da criança, Maria Francisca da Silva Moraes, relembrando o ocorrido.
Era fim de tarde do dia 8 de outubro quando o motorista de um ônibus escolar cheio de crianças decidiu atravessar uma área alagada em um viaduto de Ceilândia. O ônibus enguiçou e a água começou a invadir o veículo. As crianças subiram no teto para esperar por socorro. Giovana, no entanto, ficou presa ao cinto de segurança e não conseguiu sobreviver. O motorista foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Quase 30 dias depois do incidente, Francisco Alves, de 37 anos, que dirigia o ônibus, continua afastado pela empresa responsável pelo transporte dos estudantes.
Desde então, autoridades fizeram uma reunião entre a Administração de Ceilândia, a Secretaria de Obras do DF e a Novacap. Do encontro ficou acertada a limpeza das bocas de lobo do viaduto.
Para o professor de Engenharia da Universidade de Brasília (UnB), Dikran Berberian, as melhorias deveriam ir além. ;Mesmo estando supostamente limpas (as bocas de lobo), teria que fazer um retoque nesta rede. Este trecho precisa ser redimensionado, se não vai morrer mais gente;, critica o especialista.
A Novacap informou que vai continuar monitorando as bocas de lobo do viaduto e que, desde a época do acidente, mantêm equipes de limpeza permanentes em Ceilândia.
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