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Na hora de vender o carro, dar poderes à revenda pode causar problemas

Nas transações em que o veículo usado é dado como sinal na compra de outro, concessionárias exigem procuração e DUT em branco. A não transferência do automóvel para o novo comprador no prazo pode significar muita dor de cabeça

Uma transação comum entre cliente e concessionária na compra de um veículo novo é o uso do automóvel antigo como parte do pagamento. Até aí, a prática não oferece riscos. Mas o consumidor precisa prestar a atenção no procedimento de transferência para evitar dor de cabeça no futuro, como multas indevidas e impostos atrasados. Boa parte das concessionárias do Distrito Federal solicita ao dono do carro uma procuração que lhe dê autorização para cuidar dos trâmites burocráticos, como a transferência e a vistoria. Além disso, solicita ao consumidor que deixe o Documento Único de Transferência (DUT) em branco.

Com a procuração e o documento em branco, as empresas não transferem o carro adquirido no negócio para a propriedade delas. Elas esperam o carro ser repassado a um terceiro para, então, ele fazer a transferência, no máximo, em 30 dias. Dessa forma, as concessionárias pagam menos taxas e vistorias ao Departamento de Trânsito (Detran). As más intencionadas podem até não registrar o veículo comprado no caixa da empresa e, assim, desembolsar menos tributos.

De olho nas facilidades da procuração e do DUT em branco, algumas concessionárias atrelam o contrato de compra e venda do novo veículo a essas condições. Porém, o consumidor precisa ficar atento, pois cabe a ele aceitar a exigência de dar a procuração e deixar o DUT em branco com a loja. O consultor do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do DF (Sincodiv/DF) Antônio Cordeiro argumenta que a procuração facilita a vida do cliente, pois ele não terá que lidar com a burocracia do processo, que ficará a cargo do despachante.

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