Depois de serem retirados do Setor Comercial Sul (SCS) e transferidos para o Shopping Popular, os ambulantes retornam à área central de Brasília. E, mais do que nunca, parecem não temer a fiscalização. Enquanto deixam vazio o espaço reservado a eles, ao lado da antiga Rodoferroviária, usam novamente um dos pontos mais movimentados da capital para expor inúmeros produtos, como roupas, calçados, bijuterias, relógios, produtos de beleza, fios e carregadores de aparelhos eletrônicos, e guarda-chuvas. Lado a lado, ocupam o passeio público.
A maioria fica em meio aos prédios, onde circulam cerca de 70 mil pessoas todos os dias. Anuncia os produtos e chama a atenção dos clientes. Nem mesmo a presença de policiais militares intimida o comércio irregular. O Correio esteve no SCS por dois dias e flagrou mais de 10 desses vendedores na região. Alguns montam mesas para mostrar as mercadorias; outros oferecem tudo no chão, em cima de um lençol. Na última quarta-feira à tarde, um homem informava, em tom de voz mais alto, que joias estavam em promoção e anéis custavam R$ 5.
A volta dos ambulantes incomoda o comerciante Adalberto Guedes Campêlo, 44 anos. Ele trabalha há 30 anos no local, 18 em um ponto da Quadra 6, onde os camelôs se concentram. ;Eles vendem produtos de baixo valor e de péssima qualidade. Mas, para o cliente, isso não interessa. Quem quer comprar com eles, vai fazê-lo de qualquer jeito;, lamenta. Com a concorrência desleal, pois os vendedores ilegais não pagam impostos, Adalberto aposta no bom atendimento para garantir a diferença. ;Cumprimos a nossa obrigação enquanto empresa. Emitimos nota fiscal e vendemos produtos de qualidade;, afirma.
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