Eles são pequenos e inofensivos, mas incomodam muito. Todos os anos, insetos tornam-se personagens constantes na vida doméstica e alteram a rotina de moradores de todo o Distrito Federal. Besouros, cupins, cigarras e formigas são os mais comuns no Cerrado, de acordo com especialistas. O aparecimento deles sempre coincide com o início da chuva e o período em que o verde volta a surgir pelas ruas e parques. A vegetação é alimento para a maioria das espécies, que aproveitam o momento de abundância para procriar.
A professora do Departamento de Zoologia da Universidade de Brasília (UnB) Marina Frizzas explica que muitos insetos que passam boa parte do período de seca enterrados saem das tocas e voam para se reproduzirem e botarem os ovos. “No cerrado, temos duas estações muito bem definidas. Uma seca e outra chuvosa. O calor é outro atrativo. Então, todos os anos acontece. E é natural que aconteça”, explicou.
A faxina é bem mais pesada nesta época do ano, de acordo com a auxiliar de limpeza Isabel Jesus, 52 anos. “A gente chega para trabalhar e dá até tristeza ver aquele monte de bichos mortos no chão. É difícil de limpar, eles ficam agarrados no pano, na vassoura. Tem que ter paciência”, desabafou a funcionária de um prédio público na Asa Norte. De acordo com a professora da UnB, os insetos, principalmente os besouros, são atraídos pela luz. “Muitos vão atrás dela e não conseguem voltar. Por isso, é comum encontrarmos tantos animais mortos pela manhã. Em áreas não urbanizadas, eles voam, acasalam-se e se enterram novamente, já que não há o estímulo da luz que altera a rotina deles”, explicou.
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