Esse profissional da comunicação nacional sofre a 63 quilômetros da
capital federal. Treme ao caminhar, anda curvado e está cada vez mais frágil. Por causa do HIV,
desenvolveu sarcoma de Kaposi, diabetes e neurotoxoplasmose. Reclama que os coquetéis receitados
pela rede pública de saúde não fazem mais efeito. Saiu de São Paulo em busca de um médico que
pudesse tratá-lo com uma injeção conhecida como T20, receitada nos casos em que o paciente não
responde ao tratamento tradicional. Não conseguiu.
Hoje, o dublador não tem mais
força para trabalhar ou condições financeiras para pagar pelo quarto do hotel. Alega ainda
dificuldades para encarar uma viagem entre Distrito Federal e a capital paulista, remói o
passado e chora ao pedir ajuda. ;Contraí HIV há seis anos, em uma transfusão de sangue, por
conta do câncer nos ossos. Agora, a minha pele está cheia de feridas. Dói para tomar banho. Os
coquetéis que me dão não adiantam nada. Vim para falar com alguém do Ministério da Saúde. As
precariedades do Sistema Único de Saúde (SUS) afetam crianças e jovens. Se eu morrer nessa
situação, quero que isso sirva para acordar as pessoas e o governo;,
afirma.
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