Jornal Correio Braziliense

Cidades

Com a volta do período chuvoso, aumentam os riscos de acidentes na capital

Entre novembro do ano passado e essa semana, houve pelo menos quatro mortes, três delas de crianças

Inconformada, a diarista Keile Guimarães de Oliveira, 32 anos, olhava o bueiro onde o filho acabou sugado por uma enxurrada. A imagem de João Victor de Oliveira desesperado tentando vencer a correnteza jamais sairá da memória dela. A força da água tragou o garoto de 6 anos para uma passagem de pouco mais de 30cm. O corpo foi encontrado em um córrego, a 4km de distância. O episódio aconteceu em 9 de abril, na Vila Buritis, em Planaltina e, assim como no caso da menina Geovana Moraes Oliveira, afogada dentro de um ônibus escolar, em Ceilândia (leia Memória), ilustra a falta de planejamento das autoridades ao abrir vias.



Além do luto permanente, Keile alimenta uma revolta contra o Estado, pois uma série de fatores contribuiu para a morte da criança. Na região, as redes pluviais são insuficientes para absorver a grande quantidade de água. Outra falha é o tamanho exagerado das bocas de lobo. Todas têm mais de 30cm de largura, sendo possível até mesmo um adulto passar deitado. Fora isso, as grades de proteção só foram instaladas após a tragédia e, mesmo assim, o material usado é de péssima qualidade. Resultado: a maior parte está aberta novamente. ;Não foi Deus que levou o meu filho embora, foi a incompetência dessa classe política, que está se lixando para quem é pobre;, protestou.

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