Jornal Correio Braziliense

Cidades

Conheça os lugares do DF onde viver é estar em constante risco

Levantamento da Defesa Civil aponta 33 áreas em que os moradores se sujeitam a ameaças, como inundações e deslizamentos. Crescimento urbano desordenado está entre os principais motivos para tantos problemas



Deslizamentos, enxurradas, alagamentos, risco de incêndio, contaminação por lixo, vendavais. Por essas intempéries, entre outras, estão ameaçados moradores de 33 áreas espalhadas pelo Distrito Federal, segundo levantamento divulgado pela Defesa Civil ontem. Nesses locais, há irregularidades fundiárias e ocupação de terrenos inadequados para a construção urbana. Porém, Varjão e Sobradinho, duas regiões administrativas que por muitos anos protagonizaram a lista, deixaram de ser consideradas potencialmente perigosas. Além delas, locais no Núcleo Bandeirante, no Riacho Fundo e em Ceilândia foram retirados da lista. O GDF promete iniciar licitações para urbanizar parte das áreas listadas pela Defesa Civil, reduzindo os perigos à população.

O risco é caracterizado, principalmente, por construções precárias, ocupação irregular do solo, falta de infraestrutura e o acúmulo de dejetos. ;É preciso, sim, melhor a estrutura das cidades e combater invasões, mas as pessoas também podem fazer muito, como, por exemplo, não jogar lixo na rua. Isso é falta de civilidade e acontece tanto na Asa Norte quanto no Sol Nascente;, pondera o coronel Sergio Bezerra, subsecretário de Operações da Defesa Civil.

A retirada de aproximadamente 200 barracos, construídos na beira de uma grande erosão no Varjão, eliminou o risco iminente na cidade. Os moradores foram removidos para outras áreas ou estão recebendo auxílio aluguel até serem contemplados com imóveis do programa habitacional Morar Bem. No local desocupado, 144 apartamentos devem ser construídos.

No caso das comunidades de Bernardo Sayão, no Núcleo Bandeirante, e do Condomínio Privê, em Ceilândia, reparos nos sistemas de drenagem de águas pluviais contornaram as ameaças de desabamento e enchentes. O Parque Ecológico Riacho Fundo 1 também perdeu o caráter de risco.

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