Cidades

Após duas horas de negociação, índios têm entrada liberada no Congresso

Como condição, foram recolhidos flechas, chocalhos e adereços indígenas que possam ser usados em casos de tumulto

postado em 01/10/2013 11:38

Depois de quase duas horas de negociação, um grupo de 70 indígenas teve a entrada liberada para uma audiência pública, na Comissão de Direitos Humanos no Senado, em comemoração aos 25 anos da Constituição. O encontro estava previsto para as 10h, mas ao chegar ao Congresso, por volta das 9h30, lideranças indígenas foram barradas pela Polícia Legislativa do Senado. Como condição, foram recolhidos flechas, chocalhos e adereços indígenas que possam ser usados em casos de tumulto.

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[SAIBAMAIS]A informação passada anteriormente era de que apenas 20 deles iriam entrar, o que causou confusão. Segundo os indígenas, o acordo era que todos eles participassem das discussões. A presidente da comissão, Ansa Rita (PT-ES), intermediou a situação com a Polícia Legislativa. Ela foi informada de que apenas 30 seriam liberados.



"Estou sendo desautorizada pela Polícia do Senado como se eu não tivesse nenhuma responsabilidade. Eles estão aqui a nosso convite para uma celebração", disse. "Por que os médicos, artistas, atletas e outras categorias não têm limite de entrada? Todas vez que sem-terra, indígenas e grupos ligados a agricultura familiar vêm aqui temos problemas som a Polícia Legislativa? Isso é discriminação."

O diretor da Polícia Legislativa do Senado, Pedro Carvalho, destacou que estava seguindo uma ordem do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e que só ele poderia autorizar a entrada de todo o grupo.

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