Prestes a completar dois anos do assassinato de Suênia Sousa Farias, a família da jovem estudante de direito quer saber por que o professor e advogado Rendrik Vieira, autor confesso do homicídio, ainda não foi julgado. A defesa dele está contestando, no Superior Tribunal de Justiça, os termos do pronunciamento ao Tribunal do Júri. Enquanto os magistrados não decidem, o advogado está preso em uma sala do Estado-Maior, com direito à televisão, à geladeira e a banheiro individual, no 19; Batalhão de Polícia Militar, conhecido como Papudinha.
A demora em ver o assassino ser julgado trouxe inúmeros transtornos à família de Suênia. Irmã mais velha da vítima, Cilene Farias diz que só vai conseguir um descanso depois que a Justiça der uma resposta. ;Que lei é essa em que uma pessoa mata a outra, desgraça uma família e não tem nenhuma punição? Se a minha irmã vai ficar debaixo da terra para sempre, ele tem que ficar preso, com todos os outros presos, por um bom tempo;, desabafa a comerciante de 36 anos.
Ela se refere ao fato de Rendrik estar preso preventivamente em uma sala com condições bem diferentes daquelas oferecidas aos outros detentos. Por causa do Estatuto do Advogado, os profissinais que cometem crimes têm o direito de permanecer em ;instalações e comodidades condignas;, enquanto não recebem uma sentença. Cilene, atualmente, está se tratando de uma doença psicossomática incurável desenvolvida em função do choque que viveu ao perder a irmã. Folheando fotos recém-reveladas da caçula, Sineide Farias, outra irmã de Suênia, emociona-se. ;O que mais faz a gente sofrer é lembrar do jeito que ela morreu. É muita dor. Precisamos de uma resposta;.
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