É o caso do Templo Budista de Brasília. Frequentadores e a administração do espaço elaboram uma lista de assinaturas para pedir o tombamento da construção. Moradores de outras regiões administrativas identificaram bens que poderiam ter o mesmo destino. Em Taguatinga, a comunidade defende a proteção do Teatro da Praça, um dos mais tradicionais da cidade, inaugurado em 1966. Apesar de ter passado por algumas reformas, a construção sofre com a ação do tempo. Nas paredes de cor verde, é possível perceber a tinta descascar, fora o entulho deixado ao lado do espaço.
;É o único em Taguatinga e está em pleno funcionamento, a população tem um carinho especial por ele;, comentou o publicitário e vereador comunitário Geraldo Inácio Patriota, 49 anos, morador da região administrativa desde 1988. Ele contou que, há alguns anos, os moradores brigam para não deixar o espaço fechar. ;O teatro passou por uma reforma há alguns anos. Trocaram o tablado e o estofamento, mas precisa de um reparo maior. Aqui é onde os estudantes se reúnem, os grupos de teatro se encontram, e a Academia Taguatinguense de Letras faz os saraus;, completou.
Na cidade, além da Escola Industrial de Taguatinga (EIT), que tem um tombamento provisório de 2007, o Relógio recebeu o título em setembro de 1989. ;Todo mês, fazemos uma feira de artesãos aqui na Praça (do Relógio). A gente vem não só pelo trabalho, mas para conversar e ver as pessoas. Isso aqui é muito importante e deve ser preservado;, comentou a aposentada e artesã Rita Teixeira, 62 anos, moradora da cidade. ;Os trabalhadores que vieram construir Taguatinga desceram aqui, é o marco zero, nossa referência. Passam cerca de 300 mil pessoas todos os dias;, salientou Geraldo Patriota.
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