Naqueles tempos, eixo se referia à peça que ligava as rodas do carro de boi. Tesourinhas havia às centenas, mas essas voavam pelo céu do cerrado. Plano era o cenário pelo qual passaram tantos escravos, bandeirantes, garimpeiros e tropeiros, para quem Norte, Sul, Sudoeste e Noroeste significavam apenas pontos cardeais apontados pela bússola. Brasília, porém, já estava ali.
Que ninguém se deixe enganar pelas linhas arquitetônicas modernas e os prédios de concreto da cidade. O Brasil colonial está entranhado no DF e no seu entorno. Seja nos pilares do altar da Igreja de São Sebastião, em Planaltina, seja na cicatriz deixada pelo garimpo em um morro da região de Saia Velha, a 35km da Esplanada dos Ministérios, por toda parte, existem marcas de um passado com quase 300 anos, há muito tempo sufocado pelo sonho da capital futurista.
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