Considerada por antropólogos e historiadores a primeira manifestação religiosa nascida com a capital, o Vale do Amanhecer extrapola, e muito, o quadrilátero do Distrito Federal. Após cinco décadas de criação, a doutrina hoje tem cerca de 700 templos ativos em todo o Brasil e em outros sete países. Seis deles idênticos à sede, em Planaltina, com vários espaços abertos e fechados, lagos, cascatas, cores e imagens. Estruturas mantidas por cerca de 150 mil médiuns, homens e mulheres integrantes de uma complicada estrutura hierárquica, baseada em referências cristãs, espíritas, maias e até orientais.
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A doutrina surgiu em 1959, com uma comunidade de espiritualistas, no Núcleo Bandeirante, fundada por Neiva Chaves Zelaya, mais conhecida como Tia Neiva (veja Memória). Construído 10 anos depois, sob o Morro da Capelinha, em Planaltina, o templo-mãe, como chamam seus seguidores, logo atraiu milhares de fiéis e curiosos, transformando-se também em ponto turístico. A líder passou a designar seguidores para erguer outros locais de cura espiritual. Construíram o segundo Vale do Amanhecer em Unaí (MG), a 170km de Brasília, e o terceiro, em Alvorada do Norte (GO), a 260km da capital.
Distante 70km do DF, Formosa (GO) recebeu o quarto Vale. Inaugurado em 1977 por um casal de médiuns proveniente de Bonfinópolis (MG), ele é todo revestido de pedra, como o de Planaltina. ;Por aqui, já passaram uns 7 mil médiuns. Hoje, uns mil o frequentam regularmente;, conta o presidente do Vale do Amanhecer na cidade goiana, Pedro Cardoso, 57 anos.
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